Crimes virtuais: aprenda a reconhecer quais os tipos de golpes e como se proteger

Foto: Reprodução
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Diante da pandemia da Covid-19, cibercriminosos intensificaram práticas de golpes virtuais explorando vulnerabilidades dos usuários. Pensando nisso, a Polícia Civil do Estado de São Paulo selecionou algumas dicas para ajudar a reconhecer os tipos de delitos praticados por meios eletrônicos e entender como se proteger.

Algumas das recomendações e orientações foram reunidas em uma cartilha lançada no início do ano. O teor do documento foi pensado e desenvolvido pelas equipes da recém-criada Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), sob orientação do delegado divisionário Gaetano Vergine.
A cartilha é um tutorial para que as pessoas não apenas se previnam dos golpes mais comuns, mas saibam o que fazer em caso de serem vítimas. É um material oficial e completo que a população pode acessar sem medo de ser ‘fake’ ou de fonte não confiável.
“Notamos que as pessoas recebiam informações desencontradas e orientações de muitas fontes que nem sempre indicavam o caminho correto, explicou a delegada Patrícia Carbone, responsável pela comunicação social do departamento.
O material traz detalhes de dez dos mais comuns crimes atuais – clonagem de WhatsApp, boleto falso, fraudes bancárias, sites de comércio fraudulentos, golpe do falso leilão ou empréstimo, “Ransonware” (sequestro de dados), Golpe Don Juan, Sextorsão, golpes envolvendo PIX e crimes contra a honra.
O manual estabelece práticas que devem ser cumpridas tanto para aqueles que queiram se precaver deste tipo de golpe quanto para os que já sofreram. Neste segundo caso, independentemente do tipo de fraude, é fundamental o registro do boletim de ocorrência que pode ser feito por meio da Delegacia Eletrônica [https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br/ssp-de-cidadao/].
Clique aqui para fazer o download do documento completo.
 
Roubos e furtos de celulares
As forças de segurança estaduais atuam para combater tanto os crimes patrimoniais quanto os por meio eletrônico. De janeiro a junho deste ano, os casos de furtos e roubos de celulares caíram 10,08 % e 5,4% no Estado de São Paulo, respectivamente.
Ainda assim, certas medidas podem aumentar a segurança dos seus dados. Por isso, a Polícia Civil orienta os usuários de aplicativos bancários em dispositivos móveis a habilitar as ferramentas de segurança oferecidas nos celulares, bem como a evitar certos comportamentos que podem facilitar a ação dos criminosos.
É importante não guardar senhas bancárias e/ou de cartões de crédito no bloco de notas do celular ou em aplicativos de mensagens e e-mails; evitar usar a mesma senha para diferentes aplicativos ou contas bancárias; evitar entrar em sites maliciosos e não armazenar fotos de cartões de crédito ou de débito nas bibliotecas de imagens.
Também é fundamental que não sejam fornecidos a terceiros senhas, dados de autenticação ou conteúdo de mensagens. Além disso, caso o usuário receba mensagens de remetente desconhecido seja por aplicativos ou e-mails, ele deve providenciar o bloqueio do contato de quem enviou.
A Polícia Civil também sugere a utilização dos sistemas de segurança da sua operadora e do telefone celular, como o PIN do chip, autenticações em dois fatores e demais ferramentas; do acesso por biometria aos serviços financeiros.
Caso seu celular seja extraviado, roubado ou furtado é essencial a alteração das senhas bancárias. Caso tenha aplicativo do banco instalado no dispositivo eletrônico, é importante fazer contato com o gerente para noticiar o ocorrido.
O usuário ainda deve entrar em contato com sua operadora para o bloqueio do chip; registrar o boletim de ocorrência e solicite o bloqueio do IMEI; mudar as senhas de todos os sites e aplicativos usados no aparelho e, caso utilize-se do WhatsApp, é preciso comunicar a plataforma e solicitar o bloqueio da conta pelo e-mail support@whatsapp.com, reportando o ocorrido.
Sobre a unidade especializada da Polícia Civil
A DCCIBER, criada pelo Governo do Estado de São Paulo no final do ano passado, é uma superestrutura para apurar e reprimir infrações penais cometidas por meios eletrônicos, com envolvimento de organizações criminosas ou com emprego de recursos de alta tecnologia.
Além disto, estende para todo o território nacional as investigações dos cibercrimes, já que os delitos cometidos por meios eletrônicos utilizam a rede mundial de computadores, permitindo que os criminosos sediados em um estado façam vítimas em outras unidades federativas.
A Divisão de Crimes Cibernéticos está em permanente contato com os bancos e realiza reuniões para discussão de propostas visando ao aprimoramento de medidas preventivas especializadas que dificultem as ações dos golpistas virtuais e que possam mitigar os prejuízos das vítimas.
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Redação

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