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O Ministério Público de São Paulo abriu investigação nesta sexta, 19, para apurar suspeitas de pessoas que estão furando a fila da vacinação contra a Covid-19 na capital. Em um dos primeiros atos, a Promotoria pediu a expedição de ofícios às secretarias Estadual e Municipal de Saúde para obter a lista de pessoas que já foram vacinadas, incluindo os grupos a quais cada uma pertence.
O procedimento investigatório criminal foi instaurado após a Promotoria receber ‘centenas de reclamações de burla ao critério da prioridade na vacinação por inúmeros hospitais e unidades de saúde da administração direta/indireta do Estado de São Paulo, bem como por hospitais privados da cidade de São Paulo’.Força Tática apreende R$ 45 mil em drogas e prende traficante no parque suburbano
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“Considerando que em razão das denuncias relatadas na recomendação da Promotoria de Justiça de Saúde Pública da Capital é plenamente possível que tenham ocorrido ou estejam sendo praticados crimes de falsidade ideológica (falso registro de idade para vacinação ou inclusão em grupo vulnerável sem que isso represente a verdade); peculato (com apropriação e/ou desvio de lotes de vacinas por parte de profissionais da saúde e/ou particulares e agentes por equiparação, para vacinação de pessoas não incluídas nos grupos prioritários); corrupção passiva (solicitação de valores e/ou benefícios por parte de agentes públicos, para vacinação de pessoas que não estão incluídas no grupo de pessoas prioritárias) e corrupção ativa (oferta de valores e/ou benefícios por particulares a agentes públicos para vacinação de pessoas que não estejam incluídas no grupo de pessoas prioritárias”, listam os promotores Fernando Henrique de Moraes Araújo, Tomás Busnardo Ramadan e Cássio Roberto Conserino.
Investigação semelhante já foi aberta no interior do Estado. O Ministério Público apura casos de fura-fila em Sorocaba, onde um jovem modelo de 20 anos e trabalhadores da construção civil teriam recebido uma dose da vacina contra a covid-19. Outra denúncia aponta que sextanistas de Medicina foram vacinados sem estar prestando serviços em hospitais
Na semana passada, o governador João Doria (PSDB) sancionou projeto de lei que multa em até R$ 98 mil quem furar a fila da vacinação contra a covid-19 no Estado de São Paulo. Em nível federal, a Câmara dos Deputados também aprovou até três anos de detenção para quem furar a fila da imunização. O texto ainda precisa passar pelo Senado.
As informações são do Estadão.