Centro de Hemodiálise realiza mais de 33 mil sessões em três anos de funcionamento

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Nesta segunda-feira (26), o Centro de Hemodiálise de Itapevi, na Vila Santa Rita, completou 3 anos de funcionamento. De acordo com o balanço da Secretaria de Saúde, o serviço registrou números surpreendentes de atendimentos. Ao todo, foram 60.796, entre procedimentos em geral (26.821) e sessões de hemodiálise (33.975).

O Centro, localizado na Rua Arquiteto Ubirajara da Silva, 87, São João, funciona de segunda a sábado, das 6h às 20h, e realiza, por dia, 30 sessões de hemodiálise em três turnos diários. O espaço foi montado com recursos próprios do município e é mantido pela Prefeitura, com a prestação dos serviços de hemodiálise realizados pela empresa terceirizada DaVita.

O espaço conta ainda com ar-condicionado, televisores e sinal de wi-fi para garantir o conforto dos pacientes durante as horas de tratamento. O município ainda fornece transporte ao paciente e cada um recebe seu kit de lanche e, sendo necessário, cobertor e edredom por sessão.

Ao longo de três anos, 143 pessoas de Itapevi foram beneficiadas com as sessões de hemodiálise. Os procedimentos são 100% custeados pelo município, sem repasse do Governo Federal via SUS (Sistema Único de Saúde).

Toda sessão de hemodiálise dura cerca de 4 horas. Cada paciente faz três sessões de hemodiálise semanalmente.

O tratamento de hemodiálise é necessário para pacientes com doença renal em estágio avançado que precisam de diálise contínua ou de um transplante de rim para sobreviver. A hemodiálise consiste no bombeamento do sangue através de uma máquina e um dialisador para remover as toxinas do organismo. O sangue é limpo na máquina e devolvido ao corpo.

Caso alguém necessite de sessões na cidade, o próprio paciente ou familiar deve entrar em contato direto com o serviço social do hospital ou clínica onde faz hemodiálise e solicitar transferência pelo Disk Diálise. O pedido acontece via e-mail da DRS-1 (Departamento de Regional de Saúde).

Doença Renal

A doença renal crônica é considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Os principais grupos de risco são: pessoas com diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e usuários crônicos de medicações tóxicas ao rim.

Há relatos de pacientes que viveram mais de 30 anos realizando sessões de hemodiálise, porém, segundo a literatura, a sobrevida média é de 10 anos e está associada a vários fatores, como: acesso ao serviço de saúde, alimentação, etc.

As principais complicações dos pacientes com doença renal crônica estão relacionadas ao sistema cardiovascular e ósseo. Por isso, o paciente pode realizar a hemodiálise sem problemas durante 5 anos e, após esse tempo, começar a se preparar para o transplante, justamente por causa dessas complicações.

O paciente que não puder fazer o transplante, terá que ter mais cuidado com a parte óssea e com a alimentação. No Brasil, o órgão responsável pela coordenação de transplantes é o SUS. A fila para transplantes para cada órgão ou tecido é única e o atendimento é por ordem de chegada, considerados os critérios técnicos, de urgência e geográficos específicos para cada órgão. Portanto, o tempo varia de forma indeterminada.

Segundo dados do Registro Geral da Central de Transplante, há cerca de 1,5 mil pessoas esperando um transplante de rim.

Itapevida

O Centro de Hemodiálise é uma das ações do ItapeVida, programa lançado em julho de 2019 pela Prefeitura, para garantir mais qualidade no atendimento da saúde de Itapevi.

Em todo o Brasil, a área enfrenta problemas crônicos, causados pela falta de financiamento adequado e problemas na gestão – que é compartilhada por Estados, municípios e Governo Federal.

O Itapevida é uma resposta da Prefeitura a esses problemas. Ele foi construído a partir do diagnóstico feito pelo Hospital Albert Einstein, que prestou consultoria à administração municipal ao longo de 2018, sugerindo melhorias e aprimoramentos ao setor.

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Redação

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