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Nesta semana, durante uma entrevista concedida pelo prefeito de Itapevi, Igor Soares, ao apresentador do programa Primeiro Impacto do SBT, Marcão do Povo, o prefeito afirmou que a administração municipal identificou que uma empresa contratada durante para construir sepulturas no cemitério municipal da cidade recebeu o pagamento mas não concluiu os serviços.
De acordo com ele, esta empresa havia sido contratada em 2015 durante a gestão do ex-prefeito Jaci Tadeu, o Itapevi Realidade foi atrás de informações sobre o assunto e descobriu que realmente a empresa Gozzi Participações e Empreendimentos Ltda prestou serviços para a prefeitura da cidade no cemitério municipal de Itapevi durante a gestão de Jaci Tadeu. Naquela época, o município já sofria com a falta de espaço no cemitério da cidade, mais de um corpo já era enterrado em cada cova, como acontece atualmente.
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Há registros de pagamentos realizados para a empresa no Portal da Transparência do poder executivo, segundo a administração municipal, o contrato celebrado com a empresa era para que fossem construídos 146 jazigos com oito gavetas individuais cada, o valor do contrato era de quase R$ 1.5 milhão e tinha validade de um ano.
Somando a quantidade de gavetas em cada jazigo que deveria ser construído, ao todo o cemitério municipal deveria contar com a construção de 1.168 gavetas individuais, no entanto, de acordo com a administração municipal, apenas 752 gavetas foram construídas pela empresa, ou seja, apenas 64% do serviço contratado, isso quer dizer que deixou-se de construir 416 gavetas individuais no cemitério da cidade no ano de 2016.
Segundo a prefeitura, foram pagos R$ 1.441.875,56 para a empresa contratada, uma consulta realizada no portal da transparência da cidade revela que todos os 7 pagamentos realizados pela prefeitura para a empresa foram liquidados entre os meses Março e Agosto de 2016, último ano do mandato do ex-prefeito Jaci Tadeu.
Um processo administrativo foi aberto pela prefeitura, a empresa será acionada para concluir a obra que deveria ter sido concluída há quase 3 anos.
“Estamos com um processo administrativo contra esta empresa e se ela não concluir (os serviços), ela será processada para devolver o dinheiro aos cofres públicos, este cemitério realmente está um descaso não só do ponto de espaço, mas também por descaso com dinheiro público que a gestão passada cometeu e nós estamos correndo atrás desse dinheiro para ressarcir os cofres públicos“.
A entrevista se deu em razão de uma matéria publicada pelo programa que mostrou o drama de famílias da cidade que têm seus entes mortos enterrados em sepulturas coletivas (clique para assistir a entrevista completa).