Família quer nova perícia no corpo de rapaz encontrado enforcado em delegacia e confronta versão da polícia

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Familiares de Marcos Vinícius Gouvea Gomes, encontrado morto na última quinta-feira (29), em uma cela da 32ª DP (Taquara), na Zona Oeste do Rio, questionam o suposto suicídio do rapaz.

Marcos, que é dependente químico, foi preso pelos crimes de conduzir um veículo automotor embriagado ou sob efeito de drogas; fuga de local de acidente; e estelionato (por não ter pagado pelo combustível).

Segundo a versão da Polícia Civil, ele se matou enforcado com a própria camisa, presa na janela da cela onde estava detido, dentro da 32ª DP.
No mesmo local, junto com Marcos, havia um outro detento, que dormia no momento em que o corpo foi encontrado por um dos agentes de plantão.

“Meu irmão tinha 1,80 metro e 90 kg. Como que ele se pendurou na camisa dele? Ele fez isso sozinho? A gente não tá contestando que ele era dependente e que houve alguma confusão antes da delegacia. O que a gente questiona é o tratamento que foi dado, o que aconteceu de fato na delegacia, porque meu irmão entrou vivo, alterado, e saiu morto”, disse Jorge Gomes, de 36 anos, irmão de Marcos Vinícius.

Leonardo Silva Pinto, advogado da família, disse que irá procurar o Ministério Público do Rio de Janeiro e pedirá uma nova perícia no corpo da vítima. Ele também destacou alguns pontos que ainda não foram esclarecidos.
“Vamos provocar o Ministério Público e pedir para intervir no caso. Possivelmente vamos pedir uma nova perícia para investigar as circunstâncias do falecimento. Ainda existem muitas perguntas sem respostas. É uma situação obscura”, disse Leonardo.

A família quer saber:

-Como o suicídio aconteceu sem que o outro preso na cela percebesse a situação?
-Houve atendimento médico na delegacia?
-Como o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML)?
-Onde está a camisa utilizada no suposto suicídio?

“Ele não era ladrão, era uma pessoa doente”, acrescentou Jorge Gomes.

De acordo com a declaração de óbito do Instituto Médico Legal (IML), obtida pelo G1, Marcos morreu por “asfixia mecânica”.
O delegado Ed Wilson da Silva Correa abriu uma investigação sumária para saber o que aconteceu. Pelo menos cinco policiais estavam na delegacia quando o corpo do rapaz foi encontrado, além do outro preso.

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Redação

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