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O prefeito Igor Soares lançou, nesta quarta-feira (6), a Casa Lar, novo sistema de acolhimento de crianças e adolescentes na cidade. A cerimônia de lançamento aconteceu no hall da Prefeitura de Itapevi. Essa foi a 10ª das 60 ações programadas para o aniversário da cidade.
Voltado ao acolhimento de crianças e adolescentes, de 0 a 17 anos, o serviço é oferecido em seis unidades no município, com 10 acolhidos em cada, de modo a reproduzir o ambiente familiar, promover autonomia e o convívio com a comunidade do entorno.
O principal diferencial da Casa Lar está na figura do educador residente, que permanece dia e noite com as crianças e adolescentes, durante quatro dias seguidos. Há três educadores fixos que se revezam nas folgas, o que permite que cada residência conte com a supervisão permanente de dois profissionais.
“Queremos garantir a estas crianças e adolescentes um ambiente seguro, confortável e o mais importante: que reproduza o máximo possível a realidade de um verdadeiro lar, com estabilidade e segurança emocional”, disse o prefeito.
“Firmamos um Termo de Colaboração e faremos a transferência de recursos para a organização parceria com o objetivo de termos mais agilidade na locação de espaços, evitando a burocracia e contribuindo para melhora da estrutura de acolhimento e de condições de cuidados com crianças e adolescentes ”, explicou Igor.
Já em outras modalidades de abrigos, as crianças são cuidadas por profissionais que trabalham em regime de plantão de até 12 horas e essa rotatividade de pessoas dificulta o estabelecimento de vínculos com os acolhidos.
“Isso não acontece no Casa Lar. Os educadores residentes moram na Casa e participam da rotina diária das crianças. Dormem e acordam no mesmo ambiente, tomam café da manhã, almoçam e jantam, sempre juntos, como uma verdadeira família”, explicou Rosangela Soares Lima, diretora-presidente do Projeto Lar, organização escolhida por meio de chamamento público para administrar o sistema.
Voltando a sonhar
“Aqui, temos espaço para expressar nossas opiniões. Somos ouvidos e nos sentimos em harmonia com a casa. Nossos sonhos são respeitados. É uma paz total. Agradeço todos os dias a Deus por ter colocado essas pessoas na minha vida”, aprovou E.P., de 16 anos, que há mais de um ano vive em sistema de acolhimento.
E. é uma das 60 crianças e adolescentes que foram acolhidos pelo novo sistema. Até então, elas viviam em duas instituições mantidas pela Prefeitura em sistema de abrigo, mas que funcionavam em condições inadequadas.
Por isso, no ano passado, o prefeito Igor Soares determinou a realização de um estudo técnico para determinar o melhor sistema de acolhimento no município a fim de garantir a segurança física e emocional de cada um dos assistidos.
Após a conclusão dos trabalhos, ficou decidido que o serviço seria terceirizado e a Prefeitura realizou então chamamento público em meados de agosto de 2018 para contratar os serviços de uma entidade filantrópica privada. A instituição escolhida foi a Projeto Lar, que administra os sistemas de acolhimento nas cidades de Osasco há 40 anos, e de Caçapava, há um ano.
O termo de colaboração foi assinado em novembro do ano passado e de lá para cá, até o final de janeiro, a Prefeitura realizou o serviço de implantação física e migração das crianças e adolescentes das Casas Porto Seguro (serviço municipal) e Casa da Graça (conveniada à administração municipal) para as novas unidades.
Uma comissão de monitoramento, ficará responsável por analisar, mensalmente, a prestação de contas da entidade filantrópica, que deverá fornecer relatório detalhado de gastos condizentes com o plano de trabalho apresentado ao município.
“A criança agora se sente dentro de um ambiente familiar, num espaço adequado e com apenas 10 acolhidos em casa unidade, permitindo um trabalho técnico de maior qualidade. A iniciativa propicia ganho nos resultados de restabelecimento dos vínculos familiares rompidos, com o intuito de reinserir essas crianças no núcleo familiar com segurança e proteção”, explica a secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania, Elaine Freitas.
Acolhimento
O acolhimento é uma medida de proteção para crianças e adolescentes afastados do convívio familiar, por consequência de abandono ou então cujas famílias ou responsáveis encontrem-se impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, até que seja viabilizado o retorno à família de origem ou, na sua impossibilidade, encaminhamento para família substituta.